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sábado, 23 de março de 2013


       Nosso livro de poesia infantil, com excelente qualidade! Poderá adquiri-lo e presentear uma criança (um bom livro sempre é um ótimo presente); preço: R$ 15,00.
Veja um dos poemas, quanta riqueza:


O SAPO APAIXONADO
Raquel Delvaje

A sapa se achava linda
Com seus olhos esbugalhados,
Pois tinha um sapo
Por ela apaixonado!

Ele achava que ela
Era o enfeite do seu camarim.
E seu perfume: puro jasmim!

Mas na verdade:
A sapa cheirava lagoa
De água parada!

E o sapo dizia:
- Que sapinha linda!
Quando ela cantava,
Ele elogiava:
- Parece uma orquestra afinada!

Mas na verdade:
Era uma taquara rachada!



E o sapo a via
Como a princesa do lago
De cabelos cacheados.

A sapa era careca
E verde meleca!

Mas para o sapo
Que era apaixonado...
A sapa era assim...
A mais bela flor
De seu jardim!

sexta-feira, 22 de março de 2013


    Compartilho um poema  da Coletânea de poesias infantis "BRINCA, BRINCA E FAZ POESIA", lançado no dia 15 de março, na Biblioteca Municipal de Piracicaba. Autoras: Ana Marly Jacobino, Leda Coletti, Lidia Sendin, Raquel Delvaje, Maria de Lourdes Piedade Severo Martins  e eu.
O ESPERTINHO



Quando criança, vestia roupa verde

Crescido, uso marrom

Se eu quiser colorido

Ups! Não dá, não!


Sabe quem eu sou?

Conhece minha morada?

Somos família bem grande

E não temos empregada!


Vivo onde me levarem

Cresço rápido, sou assim!

Simples, mas também complicado,

Ai! Adoro ficar num jardim!


Igual a você quero água!

O sol, a noite, o ar e a chuva...

Se só sol, ou, se só chuva

Desequilibro, adoeço!


Ah! meus vizinhos, que são muitos

Padecem do mesmo mal

Quase nunca estou sozinho

A tudo compartilho.


Crescido, sou debulhado

Vendido e comprado, com outros, ensacado.

Cuidadosamente preparado,

Servido, sou elogiado! 

Sou um feijão ...

Que um dia foi semeado!



 Comentário de Lucila M. Calheiros Silvestre, ex-Diretora da Biblioteca Pública Municipal de Piracicaba "Ricardo Ferraz de Arruda Pinto":
"Poetar é uma arte da qual as nossas escritoras piracicabanas fazem muito bem.

Sinto-me honrada em fazer o comentário do livro BRINCA BRINCA E FAZ POESIA, o qual vem com muita criatividade e inspiração comover as crianças de todas as idades e,  se é assim, o que dirão as cronologicamente crianças para as quais este livro foi pensado e criado.

Ao lê-lo, nos deparamos com singelos versos, poeticamente construídos para elevar os  sentimentos de acalanto e amor.

Numa linguagem simples e objetiva, conquista o leitor infantil.

Gratos serão os leitores que tiverem em mãos esta obra com a qual terão a oportunidade de usufruir tão deliciosa leitura.

Parabéns a essas nossas poetisas.

Estão  vocês, dando mais um passo importante, contribuindo para  sedimentar a literatura em nossa terra."

-Agredecemos ao público presente, à Orquestra Filarmônica Juvem de Piraciaba, aos amigos e familiares. À querida Raquel pela organização! À empresa Oji Papéis pelo patrocínio na confecção dos livros; aos meninos Ilustradores Renan de Araujo e João Paulo da Silva Bombo. Àqueles que auxiliaram, compartilharam a divulgação.






sexta-feira, 8 de março de 2013


SEU SOBRENOME, QUAL?   
                           
Quem enfiou o sobrenome do João em Maria?
E quem, o sobrenome de Alfredo, tacou em Sofia?
Quantas Senhora Smith
Senhora Arth
Senhora Vasconcelos
Via -se na televisão
Há até pouco tempo, então!
A famosa família Andrade
Dos Albuquerque
E até dos Silva!
Cadê a sabedoria?
Há menos de meio século
Casada, a mulher perdia
A pouca identidade que tinha
Perdia seu sobrenome
E pertencia ao marido
A tudo acatava
Consultava e acolhia.
Final do século XX
No Brasil, uma revolução na lei se deu
A esposa não precisa
Daquela imposição
E o marido também pode
Acrescentar o nome dela ao seu!
Alguém aceitou?
Alguém condescendeu?
Se a mulher é independente
Se ela tem liberdade
Tem estudo, autonomia
Inteligência e dignidade
Como encarar essa nova possibilidade?
Se o inverso acontecesse
Que gostosa cumplicidade!!
Vêm os filhos e o estereótipo se repete:
Ficam com o sobrenome do pai
E quando há separação
E, ele vai embora, vai à farra, lava as mãos
Ou quando, ela trabalhando
Ele bebendo ou dormindo
Ou ferindo, violentando, grunhindo.
Quando ela resiste firme
Todas as responsabilidades assumindo
Implorando uma parca pensão.
Vê no nome de seus filhos
Escrito ou pronunciado
Num ritual, num evento escolar
O sobrenome da mãe abreviado
E o paterno destacado.
A memória, a história dela
- Ela que gerou, acolheu,
Colheu, nutriu, não matou –
Em segundo plano ficou!
Diga então, o que mudou?
É ainda esse poder
O ex poder patriarcal
Enaltecido pela mídia
Influência do social
Da manipulação cultural
Ou é ignorância, acomodação
Medo, neurose
Dependência afetiva, emocional?!?
Coisa nada banal
 (Uma homenagem a todas as mulheres, as que já sofreram e venceram e às que vencerão um dia)