Além de vizinhos tornaram-se formidáveis amigos. André, parceiro de Ercília, e Ivo, mais próximo à Carmem, que era irmã de Ercília. Amizade franca nas brincadeiras e nos estudos. Carmem o ajudava no inglês e nos dias de prova um “tomava matéria do outro”. Iam juntos à escola. Um dia, Carmem, de doze anos, quatro a mais que Ercília, estava lavando roupa quando esta, junto a André, começou a fazer provocações em cima do muro que divisava o quintal de ambos. Algumas pequenas peças claras permaneciam de molho num balde com água sanitária. Uma palavra torta, uma chacota e lá se foi o balde com água em direção à Ercília e a André, vindo das mãos de Carmem. “Não gosto de gracinhas”, pontuou a irmã enfurecida. A camiseta do menino, antes azul, agora branca. Manchada pois parcialmente descolorida. O irmão mais velho de André, o Ivo da mesma idade de Carmem, correu acudir. “Carmem!” Gritou ele do outro lado do muro, “da próxima vez vê se acerta em cheio que é pra branquear a camiseta toda!” Ainda não estava na moda roupa manchada. Nem isso estragou a amizade dos dois irmãos com as duas irmãs. No final das contas, Ivo e Carmem, Ercília e André casaram-se.
Uma amizade assim... é cumplicidade plena mesmo!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Graças a Deus, um final feliz...Que susto, Luzia, li sua crônica com o coração nas mãos, pensando que a àgua sanitária pudesse fazer algum mal às crianças,rs...Ufa!!! Beijo no coração!
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