FOGO
Encorpado
até o topo
Nascente
de uma faísca despretensiosa
A
arder as vistas
E
queimar as vísceras
A
tolerar os chuviscos tardios
É
tarde!
Os
galhos abraçam
Com
suas unhas dantescas
O
vermelho intenso, quase violeta
Cega
as vistas à fauna
Traz
a cinza à flora
Que
aflora as chamas
É
noite!
A
não ver estrelas,
Neblina
artificial
A
Divina Comédia
Que
Dante não previra
Fugir
quem pode, onde?
Atirar-se
num lago ou rio!
Perder-se
afogado ou queimar-se,
Em
vão! O fogo alcançou a água
Da
chuva ácida.
Voar,
boiar, rastejar
Correr,
saltar. Quem conseguirá?
Uma
minhoca soluça dores abaixo da terra, o inferno
O
clima árido, maldoso, desequilíbrio perigoso
Escassez
de lágrimas e suores. Os humanos impiedosos.
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