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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mais um ano se passou
a cada segundo um movimento
dirigimo-nos ao momento de nossa morte
Então, aproveitemos o presente
cada instante pulsante
cada inspiração e expiração
que a vida nos inspira
até expirarmos.
    BOAS ENERGIAS E FORÇA DIVINA EM 2012
                        A TODOS VOCÊS

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Conto Torradas não se despedaçam, menção honrosa no 2º Concurso Lit. Nac. Prêmio Buriti Cronicontos - 2011. Foi o meu primeiro conto, escrito em 2010.

Compartilho com vocês, com muito carinho, esse simples conto
                TORRADAS NÃO SE DESPEDAÇAM
- Homero, me desculpe, mas é a quarta vez que deixo a minha toalha dobrada na cama pra tomar banho e você a guarda na gaveta. É de irritar, sabia?
            - Fica feia aí, sobre a colcha.
            - A colcha azul perfeitamente estendida, sem vincos! - fala enquanto abre a gaveta, pega a toalha, joga nas costas e dirige-se ao banheiro. Homero puxa e retoma a toalha, a recoloca dobrada  sobre a cama sem ser impedido a tempo.  “Pronto! no mesmo lugar!”
            - Mas que prática! você poderia ser camareira, meu bem! dê-me aqui, disse, pegando novamente a toalha e entrando rápido no chuveiro, não sem antes virar o pescoço para trás, à esquerda, com os olhos mais aquosos, mais vivos do que nunca:
- Seu perfeccionista de uma figa!!
            Conhecia Homero há dois anos, todavia sabia tão pouco.
            Este se sentou à cama macia, cabeça solta entre as grandes mãos em concha, cotovelos nas pernas retesadas. A torrada intacta. Tinha de estar intacta. Viu-se menino, o pai sentado à mesa; ele ao seu lado, consertando a torrada partida ao passar geleia de amora. - Perdem-se os restolhos e fica torta, feia, fedelho! Perdem-se os restolhos e fica torta, feia! O menino comeu rapidamente os pedaços, temendo que a segunda torrada quebrasse enfiou-a na boca em dois bocados sem a geleia.  Assim eram todas as manhãs e ao chá da tarde. A mãe provavelmente não aprovasse a atitude do pai... Olhou ela de canto para o filho, encostada na porta da copa, tão leve, tão mansinha que parecia invisível a si mesma. Assim era mamãe, murmurou Homero.          
- O que disse, querido? saindo do banheiro, retirando os últimos pingos  de seu peito de pelos salientes. Põe a camisa azul de cetim e calça clara que delineavam bem o belo corpo, aguarda uma resposta em vão. Homero silenciara como sempre, levanta-se, vai à cozinha do apartamento, convida:
            - Vamos tomar um café, Afonso?
            - Pode ser. - Ajeita o cabelo ao espelho "ainda estou bonito"! Vivia com Homero há alguns meses. Apreciava o seu jeito diferente. Acariciou o cabelo de Homero  sentando-se na banqueta à mesa. Beliscou alguns biscoitos e um pedaço de bolo de laranja que fizera no dia anterior.
 - Muito bom o seu café! - Tomou-o aos goles, olhou para Homero, que, distraidamente procurava juntar as três partes da bolacha salgada que se quebrara, no pratinho azul à frente.
            -Quer que o ajude? diz Afonso, levantando-se embaraçado. -Vou fazer um ovo mexido!! - Pega o ovo, mira a pia para quebrá-lo, mas sustém o próprio braço que se erguia, impedido por um grito:
- Nãoo!! Cuidado! Não o bata, vai estragar a casca! É melhor cozinhá-lo.
Afonso, amuado e sem entender quase nada, larga-o lentamente na pia, dentro de uma xícara sem cabo, vai ao quarto, deita-se a meditar e refrescar as ideias que insistiam em voltar. Aquilo não dava mais, era vingança ou neurose? Seu companheiro jamais expunha seus sentimentos, exceto em pequenos gestos. Olhou a mochila - sua mala fora emprestada - fechou os olhos, enquanto Homero se aproximava com uma suave manta desdobrando-a bem esticadinha, cobriu o corpo de Afonso, como a de um menino.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

OS DOIS BALDES

Agradeço aos comentários, tão preciosos!
E aqui vai um poema


Eu subia
ele descia
Éramos dois baldes
ora cheio, ora vazio
No fundo do poço
as vezes nos encontrávamos
Descíamos balançando
na carretilha acima
duas mãos nos controlando
Água fresca íamos levando
Um dia chegou a torneira
água de cano, do rio, na mangueira
Somos hoje dois vasos,
vasos de alumínio
com prego furados
Somos as vezes regados
                                                   pela água da torneira.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A PROVA DO FAROL


O priminho Zurí, sentado num dos galhos do ipê amarelo. Amordaçado. “Desça daí! rápido!!!” sussurrou-lhe o pai, temeroso.
Era uma região com um povo de costumes diferentes, sofisticados, em que homens usavam saias e as mulheres calça comprida, os meninos podiam brincar de bonecos e os homens tinham o direito de chorar. Evoluídos em suas relações culturais e sociais. Porém,  um pequeno grupo de jovens, existia, moços e moças que mantinham o rosto coberto e eram adeptos da perversidade. Esse grupo fez um trato com duas jovens - Valerrí e Sofie - dizendo que havia sequestrado o priminho delas, Zurí, de apenas cinco anos de idade, e que iam oferecê-lo em sacrifício a uma nova deusa: Zimom. Esta prática estava abolida pelo povo há milênios e o pequeno grupo queria resgatar, à custa do rito de sacrifício da criança. Contudo, havia uma condição de salvarem o priminho: se as duas conseguissem chegar ao topo de um Farol muito alto, na costa leste da praia de Zimom, no vilarejo.     
Escaladas para subirem ao farol, as duas jovens retiraram os calçados. Os pés deixaram a leve areia e pisaram na firmeza dos degraus de uma escadaria de madeira. Vigiadas pelos algozes e talvez admiradas por um ou outra - decididos a usarem o tempo ocioso, que não era pouco, para transferirem suas raivas a algum alvo -  tentavam ambas subir ao topo.
            O menino preso sob a vigilância de alguns dos algozes, num local não tão desconhecido. Alma generosa, um sorriso apaixonado pela vida, via-se um tanto inseguro, procurava, porém, suster a força e a fé que percebia no exemplo paterno. A mãe o deixara desde o nascimento. A saia amarela ouro e a camiseta branca do menino já estavam bem sujas e marcadas por rasgos, seus olhos até então serenos, encheram-se de grossas e incontidas lágrimas, cujas pálpebras inchavam-se. “Pode chorar, filho, quando precisar, chore; vai sentir uma leveza no peito e raciocinará com mais clareza depois de uma tempestade!” “Sábia é aquela pessoa que não espera controlar tudo e todos e sabe a hora de admitir sua sensibilidade, sendo verdadeiro consigo. Talvez não entenda tudo que lhe falo, mas um dia...”. O garoto lembrava-se do pai.
            Era noite. Valerrí e Sofie ultrapassavam a metade do percurso da enorme escada, quando o farol foi desligado. Breu. “Há algo a mexer-se sob a madeira. Seriam cupins!”, supunham elas. A cada passo, um ato mais de esperança que certeza, acompanhado pelo desafinado coro, abaixo, palavras e urros de zombarias. Valerrí, que ia à frente, sentiu-se invadida por um torpor. “A escada não teria fim, seria uma fantasia ou coisa mágica?” E o priminho amado de tanto amor certamente corria muitos perigos, pressentia, e o tempo se esgotava. Pedia proteção aos mestres e mestras ascensionadas - Jesus, Metratom, Kwan Yin (deusa da misericórdia e compaixão) e outros!
 Disfarçados, dois sequestradores afastaram-se lentamente, desaparecendo na escuridão que teimava em ofuscar o brilho da lua, na praia.
            O tio delas, pai do menino, confiava em São Francisco de Assis, Nossa Senhora, Olodum, Chico Xavier, e tinha uma simpatia pelo budismo e taoísmo, percorrendo toda a região em busca do esconderijo, intuía que estava perto. De repente, avistou um boneco no chão. Parecia-lhe familiar; correu, apanhou-o. Podia ser um dos brinquedos do filho! Esse povo já estava num estágio em que homens e mulheres compartilhavam tudo; os bonecos e bonecas serviam às fantasias dos futuros pais e mães, com seus bebês. Daí a importância do lúdico.
Ah, Sofie! Por que ficou para trás? Seus pés eram miúdos. Seus pais sempre lhe diziam “filha, numa situação crítica, não convém ser a primeira, tampouco a última; seja a mediana e terás mais paz e felicidade”. Naquela situação não havia escolhas. Alguns degraus atrás de Valerrí, o medo de um descuido ou da demasiada atenção às palavras jocosas da turma, sua mão e pé direito deslizam. “Não seja a última, seja a do meio!”, pensava Sofie confusamente, enquanto caía.
Um grito de dor misturado ao líquido forte, bonito e ainda quente no leve chão de areia fina. Assim a imaginava, Valerrí, mais acima. Suas pernas bambas vacilavam entre descer e ver a prima ou continuar e salvar o priminho Zurí. Respirou fundo, fez alguns mantras, em escalada correu com as mãos deslizando sobre limos e insetos colados na lateral.
O uso prático da calça foi exatamente o que ajudou Valerrí no deslocamento de seu corpo, chegando exausta ao topo, aceso novamente o farol por um dos chefes do grupo, ofuscando a lua e os olhos acesos de Valerrí. Esta carregava, às escondidas, umas bolotas de terra dura nos bolsos do casaco e as atirou abaixo com indignada satisfação. Acertou alguns jovens do grupo, desmanchando-se depois nas ondas do mar. “Salvara o pequeno Zurí? E Sofie? Como estaria?”
 O grupo dissipou-se, enquanto alguém, ainda mascarado, segurava Sofie nos braços. Era a liderança, um elemento do bando, apaixonado pela jovem. A compaixão ultrapassou o ódio. Ágil e habilidoso, enquanto ela caía da escada, ele atirara uma corda, evitando sua queda fatal. Ele, sem a máscara neste momento. Valerrí olhava tudo, chocada.
 Do outro lado, o garotinho amordaçado vê, a alguns metros do ipê, seu grande herói carregando seu pequeno herói de fantasia. Ninguém dera queixa? Não havia polícia? Bem, o pai joga o boneco nos arbustos abaixo, distraindo o vigia. Olha ao alto e vê Zurí agachado, escondido no último galho do grande e belíssimo ipê amarelo. Encolhido ainda sobre o galho, arregala os castanhos olhos, puxa a mordaça e diz:
- Quelo vê as pima Valerrí e Sô, papai!
-Pssssiiiiuuuuuu!


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

10 COISAS QUE MAIS APRECIO

Minha amiga Ivana Negri convidou-me a participar desta brincadeira de blogueiras e blogueiros. Fiz a lição de casa, meio atrasada, mas fiz, e olhe no que deu!!

1-    Verduras e legumes refogados ou em farofa


2-    Interpretar e assistir a Boas peças de Teatro e das artes em geral


3-    Dançar

4-    Ler livros que me interessam e escrever

 
5-    Receber massagem e aplicar reiki


6-    Da natureza: os animais, o sol, mar, rios, plantas, Lua, estrelas, terra...

7-    Abraçar as árvores, cheirá-las, enfiar a mão na terra e plantar

8-    Minha família






9-    Saltar, brincar, rezar, beijar,  viajar

10-   Amigas e amigos, novas amizades, pessoas generosas, esforçadas,  simplicidade, honestidade, ter ideais

Algumas pessoas queridas, dentre muitas!!



Como faz parte do jogo, convido alguns amigos, dentre tantos, para dar continuidade...


1- Reserva de Emoções, blog de Ivana Altafin
2- Fortaleza da Alma, Josemaira
3- Pequeno Astrônomo, Marjory
4- Camilo Crônicas, Camilo I. Quartarollo
5- Agenda Cultural Piracicabana, Ana Marly Jacobino
6- Até Hoje, Celia
7-Ponto de Cultura Garapa, Abegão, Chiquinho...
8- Ambient Ação, Giuliana Brunelli
9-Ser Vegetariano, Ivana F Negri
10- Vivendo ao Amanhecer, Talita.   

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O ASSALTANTE DE ÓCULOS



            Quando o último paciente saiu e fechou a porta, o médico olhou ao redor, por todos os lados, procurando os seus óculos. Cadê?
            À noite, seria a vez dos professores de Filosofia e de História terem seus óculos desaparecidos, no mesmo bairro, além da reclamação de vários estudantes, junto à direção da escola.
            Dali a duas semanas, as notícias das rádios e jornais locais enfatizavam o mesmo conteúdo: estranhamento de profissionais de várias áreas em relação ao sumiço não de um de seus óculos, mas de todos adquiridos.             Um bibliotecário confessa ter comprado três em substituição aos que julgava ter perdido; uma escrevente judiciária estupefata diante do furto do seu, em pleno expediente. Seria coincidência? O que estaria acontecendo? 
            Numa casa de esquina, um canto harmonioso sobressaía-se. Um pedreiro cantarolava o dia todo enquanto suas mãos calejadas agitavam-se com as ferramentas e materiais em construção. O eco de sua cantoria ouvia-se na rua, à distância, a casa estava semipronta, mas vazia de móveis, o espaço era preenchido pelo cantar suave, às vezes mais acentuado. Um casal de velhos vinha passando de mãos dadas, devagar, pareciam tranquilos. Ela com amnésia após cair no banheiro da faculdade batendo a cabeça branca no vaso sanitário. Estava bem elegante, com cabelo em coque, saia com estampa branca e preta, blusa preta, sapatos pretos, baixos com meias de estampas brancas e pretas. Ele, vestindo calça jeans azul, camiseta verde, sapato preto e era calvo. Ambos demonstravam sorriso doce, olhar meigo e voz suave ao cumprimentarem o pedreiro que saíra na porta no momento em que passavam. O casal adorava construções. Pediram licença e entraram para ver.
- O senhor é um artista. Quanta coisa que, do nada transformou.
- Obrigado, disse sorrindo meio apertado, com receio de mostrar os vácuos dos dentes.
- E que bela canção o senhor cantava. Meu avô também era assim.
            - Era pedreiro?
            - Não. Sapateiro. Quando o senhor se muda pra cá? – indagou o homem, olhando junto à mulher, as paredes e chão inacabados, como se visitassem a um santuário.
            - Não é minha, não senhor!  O bacana lá da cidade vem com a família logo, logo. Eu ainda não tenho a minha casa, o salário é muito baixo e tenho família - disse apertando as mãos do casal e entrando.
De fato, Américo passava por dificuldades e o filho adolescente morava com ele. O filho, viciado em crack há algum tempo, deixava o pai desesperado. Tentara quase de tudo para recuperá-lo, só lhe sobrava agora a internação e continuar frequentando o Alanon. De repente passa a mão na testa e cadê seus óculos?
- Ah, não! Mais essa, minha nossa! De onde vou tirar dinheiro pra arranjar outro?! – Soube, no mesmo dia, que a costureira do bairro perdera os seus, por várias vezes, e, agora portava uma lente de contato.  
            Américo animou-se ao ver o filho diante do computador, distraindo-se, pensou ele. Observou dois bonequinhos na tela, e o filho gritava, gesticulando:
            - É isso aí, soca ele, cai Mané.
            - O que é isso, filho?
            - Nada pai, é só eu socando um idiota da minha classe.
            Américo, que não entendia nada de computador e internet, achou que o filho estivesse delirando, como lhe ocorria ultimamente, mas estranhou que ele se interessasse pelo aparelho, que estava encostado desde que o comprara na promoção e em muitas parcelas. Tudo entediava o garoto.
- E agora ainda vou ter que gastar com os óculos, ou lentes de contato, senão martelo meu dedo, que nem ontem! – Sozinho, refletia.
Lembrou-se do último delírio do filho, “pai, os dentes de alho mostravam os dentinhos semicerrados, cheios de cárie, para mim, pareciam monstrinhos que me satirizavam e vinha em minha direção, todos juntos numa única cabeça de alho. Foi horrível!!”  Às vezes, eram os pesadelos que não o deixavam dormir. “Pobre filho!”, pensava nos delírios do jovem, sentado na cadeira de madeira que ele mesmo fizera, com a ajuda do garoto. “E aquele sonho da Guerra dos Cem anos!” Acordou assustado sem saber de que lado lutava, o inimigo tinha cortado a sua cabeça e a violência era terrível contra todos. – Disse que, “ainda tentou ajudar algumas mulheres e crianças a se esconderem”.
            De manhã, após relembrar os delírios do filho, Américo foi trabalhar e viu grande movimentação de pessoas na rua, todas sem óculos e revoltadas. Diziam que a mania tinha se espalhado pela cidade. Até uma mulher tentou roubar um beijo e foi esbofeteada.  Américo gelou. “Seria o seu filho, o ladrão? Teria feito isso para conseguir dinheiro? Não pode ser! Talvez seja algum psico..., psicopata; teria raiva de óculos? O pai do ladrão seria um torturador, sempre com óculos? Ganharia dinheiro com isso? Seria algum desempregado há longo tempo? Sofrera abuso na infância, ou como dizem por aí, bule...bulliyng...” – Américo conjeturava.
            Manchetes do dia seguinte: Pegaram o ladrão doido, que de doido não tinha nada. Morava com os pais. Tinha uma vida aparentemente normal. Era apenas o vendedor contratado de uma empresa de lentes de contato, entrando no mercado concorrente, agora com mais ênfase.
             





segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ponto de Leitura do livro A Menina do Bairro Fria



            Agradeço a presença dos amigos e amigas que compareceram à leitura e debate do livro. Foi uma roda bem legal e profícua. A participação de todos junto aos dois debatedores, Ademir Barbosa Júnior e Christina Negro Silva, muito nos enriqueceu. O apoio do Ponto de Cultura Garapa, com a presença de Marcio Abegão, gratidão.  



terça-feira, 18 de outubro de 2011

10 coisas detestáveis, com ilustração, heheeh!!

Minha amiga Carla convidou me a participar desta "brincadeira" de blogueiros e blogueiras, depois Ivana convidou, demorei para fazê-la, mas aqui vai ela! Convido também outros amigos a quebrarem a cabeça. São tantas "coisas" miúdas e graúdas, que nem bem sei...

1- MISÉRIA, EGOÍSMO, PRECONCEITO...

2- POLUIÇÃO SONORA E VISUAL 













3- RÁDIOS E TV COMERCIAIS












4- FUTEBOL PROFISSIONAL, HOJE














5-REVISTAS ERÓTICAS MASCULINAS
Por que as bancas não colocam um cantinho de revistas eróticas femininas?



6-HIPOCRISIA
 


7- CORRUPÇÃO / TRÁFICO
As mais variadas formas de tráfico...
8- MULHER FAZ TUDO E HOMEM FOLGADO (NA MESMA  CASA)
9-MODA 
padronização, tô fora!!










 10- COMER CARNE
se forem humanas, tudo bem.


Seguindo a regra, indico mais 10 pessoas (blogueiras)  para participarem:

- Mônica, do blog alminhas peludas
-Célia Gil,  Histórias soltas presas dentro de mim
- Alam, cabeça voodoo
- Selma, Chá da tarde
- Bêne, Cia Sé de teatro
- Annabel, Efeito Exillis
- Vinícius, Eu também sou Zé
- Josemaira, Fortaleza d aalma
- Raquel Delvaje, Contos e poesias
- Mara Bombo, Adiemus Sementes de reflexão




sábado, 8 de outubro de 2011

SE O ANIMAL NÃO É SEU, É DELE MESMO OU DE OUTREM! (publicado na Tribuna Piracicabana, dia 06 de outubro)

Uma informação que muitos de nós ainda não atentamos, pois se já a tivéssemos, mudaríamos, com certeza, nosso cardápio, a menos que a ausência de compaixão e a impiedade fizessem parte de nosso caráter. Refiro-me à radical mudança no modo como se criam animais e aves nas últimas décadas!  
Quem já morou em sítio sabe que havia certa liberdade na criação dos animais, embora também houvesse casos de insensibilidade. Claro, éramos uma sociedade com poucos conhecimentos, comparada à de hoje. Porém, nada se compara à crueldade à que são expostos atualmente, tanto nas granjas, matadouros bovinos e suínos e outros. Precisaria de muitas páginas para descrever o tratamento que recebem. Restrinjo-me a tais: confinados sem direito de ir e vir (não há locomoção!), sem oportunidade de conviver e criar os filhotes, choques elétricos, agressões, fêmeas prenhas deprimidas e maltratadas, os machos, os defeituosos ou doentes são descartados no lixo. Antibióticos, hormônios, raiva e estresse são alguns dos componentes que ingerimos quando os consumimos. E se formos citar os lugares clandestinos, que representam quase 50%, encontraremos marretadas e mais sofrimento ainda. Os ovos de granja passam pelo mesmo viés, pois derivados de galinhas nestas ímpias condições. O que fazer? Informar-se! optar pelo frango e ovo caipira e orgânico, leite com procedência conhecida e, lembrando, sempre nos resta opções, seres reflexivos e maleáveis podemos alterar nosso hábito valorizando o reino vegetal, tão rico e completo! São posturas éticas, sim, ao contrário do que muitos dizem, que faz a diferença e nos deixa melhores do que somos ou podemos ser. Fica uma questão: “você permitiria que torturassem, estuprassem, colocando em confinamento e depois se alimentassem de seu cachorro, seu gato ou qualquer outro animal de estimação??” Obviamente diremos que NÃO! Por que fazemos vistas grossas, por que nos omitimos diante do que não é nosso? Será que usamos desse mesmo raciocínio em relação às pessoas que não conhecemos? Eis a questão!!       
A globalização não condenou apenas as pessoas à neo escravidão, mas também os animais. Somos recordistas em exportação, sendo a carne o primeiro item. Os outros produtos, como a soja, derivam dela, pois geram alimentos à fábrica assassina de animais em massa. Ambos ocupam grandes extensões de terra, desmatam, poluem, excedem no uso da água. Onde colocar tanto lixo dos detritos animais? Copiar o gesto da Holanda que despeja toda a merda inútil de seus animais em terras africanas, por uns trocados? Ou seja, desgastamos o meio ambiente brasileiro, massacramos nossos animais, deixamos de lado a ética e valores como a dignidade para favorecer a indústria alimentícia de outros países, geralmente às classes privilegiadas.  Desde adolescente via os jornais noticiarem as exportações que o Brasil fazia de suas monoculturas e sempre me inquietava tamanha insensatez: por que alimentar primeiro aos de fora se passamos fome aqui? Por que não fazemos a policultura? Hoje vejo tudo como antes! Mas nesta semana, com a Campanha 2ª feira Sem Carne, vemos muitas pessoas, Ongs,empresas, artistas e outros aderindo e lutando por uma conscientização. Segunda-feira tivemos a excelente palestra de Marly Winckler (Presidente da SVB) e do médico Eric Slywitch, na sede da APM. Também a presença da escritora Ivana França Negri, do médico e escritor Cássio Camilo Negri e da Coordenadora da Ong ViraLata-VidaVida, Miriam Miranda.   Bons ares, divinos, nos envolvam!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Divido com vocês, hoje, uma nota na qual meu ex diretor, Sr Walter Vitti, da extinta Escola Primária Prof Santos Veiga (Usina Costa Pinto) tece comentários sobre o crescimento da mulher em várias áreas e a respeito de meu livro. Aproveito para convidá-los a participarem do Ponto de Leitura e debate com os escritores e professores Ademir Barbosa Junior (Dermes) e Christina Negro, no PONTO DE CULTURA GARAPA, Piracicaba. Gratidão e abraços a todos! Meus sinceros agradecimentos ao senhor Walter amigos de infância!



















Os debatedores no Ponto de Leitura:

Ademir Barbosa Júnior (Dermes) é Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo, onde também se graduou em Letras. Professor, leciona desde 1991, com experiência do Ensino Fundamental à Pós-graduação. Autor de diversos trabalhos, com 13 livros publicados, com indicações como Prêmio Jabuti, Programa Nacional do Livro Didático e Programa Nacional de Bibliotecas Escolares, é também autor de revistas especializadas nas áreas de Linguagens, Literatura, Redação, Biografias e Terapias Holísticas. Em Piracicaba, é Coordenador Cultural do “Projeto Tambores no Engenho”, desenvolvido pela Tenda de Umbanda Caboclo Pena Branca e Mãe Nossa Senhora Aparecida, responsável pela criação, pesquisa e encaminhamento do espetáculo “Águas da Oxum”, e idealizador e um dos coordenadores do Fórum Municipal das Religiões Afro-brasileiras.

Christina Aparecida Negro Silva é educadora, professora há mais de trinta anos, ministra cursos de pós-graduação de Leitura & Escrita na CEUNSP em Itu e em colégios particulares. Mestre em Educação pela UNIMEP, tem artigos sobre Educação publicados em revistas acadêmicas. Contadora de Histórias, publicou o livro "Histórias que amigos contam" em 2005, junto com também "contadores" desta Arte. Atualmente, atua como diretora da E. E. Profª. Catharina Casale Padovani e como professora de Leitura e Produção de Textos no Colégio Dom Bosco - Assunção em Piracicaba.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Hoje vou relembrar e homenagear os autores da Música MUDANÇAS. Um espetáculo para refletir e sonhar!

Mudanças
Vanusa
Composição: Vanusa e Sérgio Sá
Hoje eu vou mudar
Vasculhar minhas gavetas
Jogar fora sentimentos e
Ressentimentos tolos
Fazer limpeza no armário
Retirar traças e teias
E angustias da minha mente
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas
Deixar de ser menina...
Pra ser mulher

Hoje eu vou mudar
Por na balança a coragem
Me entregar no que acredito
Pra ser o que sou sem medo
Dançar e cantar por habito
E não ter cantos escuros
Pra guardar os meus segredos
Parar de dizer
"não tenho tempo pra vida"
Que grita dentro de mim...
Me libertar

( parte declamada)

Hoje eu vou mudar
Sair de dentro de mim
Não usar somente o coração
Parar de contar os fracassos
Soltar os laços
E prender as amarras da razão
Voar livre
Com todos os meus defeitos
Pra que eu possa libertar os meus direitos
E não cobrar dessa vida
Nem rumos e nem decisões
Hoje eu preciso e vou mudar
Dividir no tempo e
Somar no vento

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

cena de teatro


NOBREZA

Dois andarilhos, moradores de rua,  conversam sobre o domingo.
Sandro – Hoje tem missa, você vai?
Santos – E acha que eu vou perder? É claro que nós vamos!
Sandro – Eu não vou, não gosto de missa de domingo, tem cara de frango!
Santos – Não tem cara de frango, tem cara de sol quente! Mas nós vamos!
Sandro – Você vai na frente e pegue lugar pra mim!! Depois eu vou, não quero ficar em pé.
Santos – Esta camisa tá boa? Mandei lavar na semana passada...
Sandro – E este sapato tá bom? Você engraxou pra mim, lembra? Brigado!
Santos – Eu adoro domingo, e quando chove é melhor ainda...
Sandro – É lava a alma...
Santos – E o nosso corpo também?!! Mas, olhe, a minha não tá suja, só se for a sua!
Sandro – Tá legal, é a minha que tem fedido muito ultimamente...mas não sei  por quê.
Santos – Eu já tomei banho hoje lá no chafariz, e você?
Sandro – Eu também, e bem cedinho, desse modo eu peguei ela mais fresquinha e mai limpa. Tome um cheirinho (oferece perfume para Santos).
Enquanto vão se arrumando, vão guardando a trouxa e saem calmamente, elegantes, com dignidade, sabedoria e alegria.

domingo, 21 de agosto de 2011

O ESPERTINHO


                             
Quando criança, vestia roupa verde
Crescido, uso marrom
Se eu quiser colorido,
Ups! Não dá, não!
Sabes quem eu sou?
Conheces minha morada?
Somos família bem grande
E não temos empregada.
Vivo onde me levarem
Cresço rápido, sou assim!
Simples, mas também complicado,
Ai! Adoro ficar num jardim!
Igual a ti, quero água!
O sol, a noite, o ar e a chuva...
Se só sol, ou, se só chuva
Desequilibro, adoeço!
Ahh! Meus vizinhos, que são muitos
Padecem do mesmo mal.
Quase nunca estou sozinho, a tudo compartilho.
Crescido, sou debulhado
Vendido e comprado, com outros, ensacado.
Cuidadosamente preparado
Servido, sou elogiado!
Fui útil, respeitado!
Sou um feijão
Que um dia foi semeado.

- Quero aproveitar e convidar aos amigos e amigas a prestigiarem a apresentação da orquestra, coro ( no qual participo) e balé Tchaicovsky, com o MAESTRO Fernando Villate Ortiz - Lar dos Velhinhos, dia 28 de agosto (domingo), às 16h, entrada gratuita. Com direito à ópera e solistas. Agradeço com um grande abraço a todos vocês!