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domingo, 3 de julho de 2011

Esquete de teatro elaborada no Projeto Plantando Sonhos (Grupo Andaime de Teatro Unimep com a Secretaria Mun. de Educação), escrita e reescrita pelos alunos da 4ª Série C, com a Professora Nívia S. Kruschewsky e eu, a oficineira! Nos idos de 2004. Escola Municipal CAIC Parque Orlanda, Região de Sta Terezinha, em Piracicaba. Bairro periférico. Saudades dessas crianças e de toda a maravilhosa equipe escolar!


A NOSSA LUTA




CENA 1                         BUSCAR  ÁGUA



Som de água caindo. Garoto/chafariz em pé, 5 pessoas em uma fila. A 1ª   enche o balde e sai. A 2ª  começa a encher seus 4 baldes. Os demais se enfurecem. A última da fila explode:
Marta - Minha senhora, da pra ir mais rápido, que eu tenho mais o que fazer?!!
A  outra, Maria, dá de ombros, não se incomodando.
Marta – Pra que tanta água, mulher?
Maria- Não é da sua conta!
Marta  (Indo para cima dela) - Eu ainda tenho que fazer a janta, não posso ficar esperando. Enquanto a outra mulher, Vanda, tenta separar a briga, os dois homens entreolham-se, pegam sorrateiramente os baldes de Maria e saem.
Vanda- Parem já com isso, Marta,   calma...
Chafariz- Chega de baixaria!!!!
Vanda  – Quem está falando? (Asustada).
Chafariz- Ninguém mais pega água aqui!
As três – O chafarizzzz...!!!  (saem correndo).
Chafariz- Quem muito quer, nada tem  (sai).


CENA 2                      A CONSTRUÇÃO DA CASA



Rosária, a irmã mais velha, vai, juntamente com sua irmã Margarete, contratar um pedreiro para a construção de sua casa. Ambas são pobres.
As duas estão de um lado do palco, de perfil, voltadas para a plateia. O  pedreiro e o servente estão na mesma posição, no outro extremo do palco. Elas batem palmas.
Rosária-  Bom dia, meu nome é Rosária e esta é minha irmã Margarete. (Ela estende-lhe a mão). - Gostaria de saber se vocês podem construir a minha casa.
Margarete - É o grande sonho da minha irmã, sabe!
Pedreiro- Ah sim, claro, será um prazer. Sr. Tião, às suas ordens! (estende-lhe a mão).
Servente- Eu sou o Ditinho (cumprimenta-as).  - E quando começamos?
Margarete- Amanhã mesmo, né mana?
Rosária- O preço não subiu não, né?
Pedreiro- Não, não!
Rosária- Aguardamos vocês, então. Este é o nosso endereço. (Ela estende a mão. Ele estende também a dele. Saem).
Entram os dois, bêbados, começam a colocar os tijolos e o cimento com uma colher, cambaleando. O muro sobe. Tião bate no dedo).

Tião- Tem um tijolo aí?  Um martelo?...

 (Ditinho olha de canto)
Ditinho- Vá plantar capim no asfalto!
Levantam-se, cambaleiam e caem. Entram as duas irmãs. Observam o muro torto,  Margarete toca-o e quase cai junto com o muro mal feito. Assustam-se com os dois dormindo.
As duas- Rua para os dois!!!!!
Rosária- Seus tratantes!
Margarete -  Folgados! Que palhaçada, hem??! (Elas os seguram e vão empurrando para fora, resmungando).
Ditinho- Mai eu não tô bêbedo. (Arrota).
Tião- Nóis é pedreiro profissionar! (Saem).
Rosária (Esbravejando)  - A vida é dura pra quem é mole, viu?
Margarete - Mas olha, minha querida, a esperença é a ultima que morre. (Saem. Margarete abraçando e consolando a irmã).


CENA 3                                        A  PONTE



Grupos de pessoas entram cochichando. Param. Olham o rio e a outra margem dele - casas, campos.
Ana- Puxa vida, Clara, queria tanto visitar meus parentes do lado de lá! (Aponta) .
Clara- Ai, eu tambem, viu. Mas sem a ponte...
Tiago- Matias, faz um tempão que eu não vejo a nossa turma!
Matias- Ia dar pra gente jogar uma pelada, não?
Palmira- Menina, eu que não me arrisco a atravessar aí.
Alice- Nem eu, Deus me livre!
Jorge- Só vejo uma solução! Pedir ajuda pro Zé do Bar. Ele é um homem sabido e vai saber o que fazer...
Alfredo e Fredo (dois velhinos) – Falar com as autoridade, o senhor quer dizer?...
Seu Zé aparece na ponta do palco.
Zé do Bar- Olá pessoal. Já sei, já sei...vocês estão querendo uma ponte. É, as notícias correm rápido por aqui. Nós vamos conseguir, mas vai demorar um pouco. (Todos se entreolham, surpresos).
Jorge- Contamos com o senhor, e pode contar com o nosso trabalho...
Zé- Então vamos comigo, juntos seremos notícia. Vamos fazer História! (Saem rindo, abraçados e balbuciando).
(Entram Zé, Jorge e outras 10 pessoas fazendo movimentos – coreografia com a música de Marlui Miranda, nº 04.  Deitam oito pessoas em duas fileiras, formando a ponte. Seu Zé e Seu Jorge martelam a ponta, atravessam a ponte, cumprimentam-se).
Jorge- Valeu, Seu Zé, isso agora é até uma inspiração pra a gente.  (Abraçam-se e saem todos).

                                                                                                                   FIM     

                           

Personagens

Chafariz- Joaquim
Maria- Giulia
Marta- Priscila
Vanda- Joyce
Uma  moça- Jenifer
2  homens- Vinicios e Tiago
Rosária-
Margarete-
Pedreiro Tião- Leandro
Servente Ditinho- Lucas
Seu Jorge- Nilton
Ze do Bar- Maxwell
Alfredo e Fredo- Guilherme e Gustavo
Ana- Tais
Clara- Roneide
Tiago- Mauricio
Palmira- Debora
Matias- Hugo
Alice- Adriele
Pontes- Jenifer,Sabrina, Gedaina, Thais F, Jaqueline, Larissa, Claudimara...


E.M.E.F. Jose Antonio de Souza
-Diretora: Érica Ap. Eugênio Bento
-Coordenadora Pedagógica: Cibele Marim Verdi













 

Um comentário:

  1. AMIZADE

    Ao chorar tenha um ombro amigo,
    Ao cair que uma mão lhe seja estendida,
    Caminhe sempre em boa companhia
    E zele pelo seu amanhã.

    Não importa a sua religião,
    Não importa em qual deus você acredite
    Abra sempre o seu coração
    Para novos sorrisos.

    Abrace seus amigos
    E deixe a amizade reinar.
    Permita que ela fale em cada coração,
    Em cada memória,
    Em todas as lembranças.

    Para aqueles que não a ouvem
    Ela permanece junto às suas portas.
    Sabiamente, onipresente,
    Calada, em paciência tibetana
    Ela aguarda...

    Do outro lado só desunião:
    Católicos e protestantes,
    Judeus e muçulmanos,
    Imperialismo,
    Irmãos contra irmãos.


    Do livro ( O ANJO E A TEMPESTADE ) de Agamenon Troyan
    machadocultural@gmail.com

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