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sábado, 1 de junho de 2013


(...)  "Neste exato momento, aparece aquele frango de penas marrons e amarelas, o Vainão, este era seu nome porque quando a gente o chamava ele não vinha, e quando não chamava, ele vinha com cara de interrogação.

- Có có, fez Vainão. Sem entender as palavras do frango, Valentine apalpou seu papo: - tá muito cheio, mas depois da digestão você vai ser o primeiro a aprender a ler, pois barriga muito cheia dificulta um pouco. Agora venha me ajudar, Dé!

- O que eu faço? Posso ir descalço? Pergunto eu.

- Claro que pode! Óh, coloque estas vogais para os pintinhos e os gansinhos, que são mais novos e precisam de mais tempo e paciência para aprenderem.

Olhei cismado para ela, que ia, delicadamente, colocando as folhas dos livros no chão com as consoantes e as vogais, próximas aos ninhos de palha de milho espalhados pelo quintal.

- Galinhas comem quase de tudo mesmo, disse-me ela, não irão se estranhar com o gosto das folhas, em todo caso, vamos jogar um pouco de azeite nestes papéis.

Senti um pouco de ânsia só de pensar, e vi Vainão me olhando de canto, “có có” e afastou-se, deixando uma pena marrom para trás.

         Concluído este trabalho, quando eu sentia que íamos descansar, chegam meus dois novos vizinhos, curiosos e com muito gás pra ajudar, ou atrapalhar".

(Extraído do livro VALENTINE)
Este é o VAINÃO.

 

2 comentários:

  1. Hum... com tal petisco... Vainão... oras bolas! Que alfabetização sofrida!!
    Bj. Célia.

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  2. que legal luzia! adorei seu blog! Não sei se você se lembra de mim mas sou a barbara da escola Pedro de Mello... você leu uma história para a minha sala na segunda feira estava com a prof Joana!! bjs ass:Barbara

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