Um poema do livro Atemporal:
SIMPLESMENTE AMOR
Suas poesias nos trazem um
misto de sentimentos e emoções, de reflexões sobre o temperamento humano e sobre as preocupações com a natureza. Você consegue utilizar as figuras de linguagem
de modo singular, personifica os objetos dotando-os de pura sensibilidade (é o
caso dos poemas “O porta-retrato”, “Os
dois baldes”).
Enfim, você,
Luzia, é mesmo um TALENTO. No poema “Talento” você deixa claro que ser
talentoso não é mérito somente de algumas pessoas, e sim de todos aqueles que
buscam, que se dedicam e que são persistentes.
(...)
parabéns, escritora que brinca e brilha com as palavras!"
Amor
Saturado, escorraçado
Não é amor.
Não se define num soneto
Não tem restos, pois inteiro.
Ama-se com os sentidos
Essência completa
Com ou sem devaneios
O amor, o amor, o amor
Tantas vezes pronunciado
Às vezes fugidio e medroso
Dá a cara pra bater
Como um louco cuidadoso
Ou louco apaixonado
Escapa-me a total absorção
Desse sentimento habitado
Sim, o amor tem sempre moradia
Seja um palácio
Ou uma humilde cabana.
Sempre há espaço
À sua inclusão
Perdoa, quem ama
E a quem ama, perdoa
Os equívocos e a desatenção.--------------------------------------------------------
Amigos, compartilho alegremente com vocês, o rico comentário da professora Teresa Bigaran sobre o livro Atemporal. Obrigada, Teresa , e obrigada, leitores!
"Seu novo
livro de poemas é como um chocolate, você dá uma mordida e não consegue mais
parar; eu só parei de lê-lo na última página e fiquei com o gostinho de “quero
mais”. Seus poemas atingem ao mesmo tempo tanto as crianças quanto os
adultos. Ao lê-los sentimo-nos crianças com o olhar do adulto. É
uma sensação curiosa...Você tem uma facilidade imensa de lidar com nossos
sentimentos e mexer com nossa alma, escreve situações cotidianas com tanta
harmonia que é impossível não nos identificarmos com seus pensamentos e com as
imagens que eles nos proporcionam.
Você escreve com tanta propriedade que nós, leitores, começamos
a valorizar até mesmo os simples objetos em nossas vidas.
Na poesia “Aquela que
pega a enxada” voltei no passado, vi minha
própria mãe sendo retratada através destas simples e verdadeiras palavras. E
não é só isso, você enquanto poetisa, não deixa de lado sua didática, e coloca no papel seu lado professora também,
está sempre unindo o gosto pela escrita
com a vontade de ensinar as crianças e até mesmo o adulto, refiro-me ao fado de
você estimular a leitura nas pessoas através de seus poemas (“Josielle”,
“Meninos dos Jornais”); mostra, também, às crianças que os bichos devem ser amados,
respeitados, enfim, mostra o amor que nutre pelos animais (“Em minhas mãos os bichos”, “A carne é
fraca”, “Que pena”, “Princesa”); fala-nos
sobre valores (“Os Relógios”).
Estimula
as pessoas sobre a importante tarefa de
reciclar o lixo - poema
“Lixeiros”). Faz críticas sociais (poema “Desapontamento”, “Iniquidade”, “O
crime”, “Teco Teteco”). Faz com que nós reflitamos sobre a fragilidade humana
(poema “Antes que a hora chegue”).
É impressionante essa sua capacidade de unir
a “Luzia poetisa” com a “Luzia professora”. Isso é incrível... Dá uma
verdadeira aula de história (poema “Zumbi”) e uma verdadeira aula de
religiosidade ao falar sobre o perdão poema “Simplesmente Amor”, que lindo,
amei!!!
Aliás, amei todos! Através de seus escritos, podemos perceber o quanto
você valoriza o meio ambiente, a natureza e o quanto se preocupa com as pessoas
e com os animais (ex. poema Fogo).
Quanto ao poema “Polyana”, eu também me vi
enquanto mãe! Voltei no tempo. Que gostoso passar por isso novamente.
Que belo e romântico o poema
“Enamorados”, pois há uma valorização da simplicidade dos gestos, dos atos que
devem ser vividos a dois, a fim de se cultivar
os sentimentos verdadeiros; sentimentos essenciais para que as pessoas possam constituir
famílias mais felizes; atitudes estas, muitas vezes, deixadas de lado pela sociedade atual(...)
Parabéns por mais essa rica produção, Luzia!
ResponderExcluirAbraços.
Parabéns mesmo, Luzia. Sei o quanto viveu os poemas partilhando-o em letras todinhas, uma a uma, escrita e pensada.
ResponderExcluirCamilo