contador

Páginas

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Um poema do livro Atemporal:
 
SIMPLESMENTE AMOR
Amor
Saturado, escorraçado
Não é amor.
Não se define num soneto
Não tem restos, pois inteiro.
Ama-se com os sentidos
Essência completa
Com ou sem devaneios
O amor, o amor, o amor
Tantas vezes pronunciado
Às vezes fugidio e medroso
Dá a cara pra bater
Como um louco cuidadoso
Ou louco apaixonado
Escapa-me a total absorção
Desse sentimento habitado
Sim, o amor tem sempre moradia
Seja um palácio
Ou uma humilde cabana.
Sempre há espaço
À sua inclusão
Perdoa, quem ama
E a quem ama, perdoa
Os equívocos e a desatenção.--------------------------------------------------------
Amigos, compartilho alegremente com vocês, o rico comentário da professora Teresa Bigaran sobre o livro Atemporal. Obrigada, Teresa , e obrigada, leitores!
 
"Seu novo livro de poemas é como um chocolate, você dá uma mordida e não consegue mais parar; eu só parei de lê-lo na última página e fiquei com o gostinho de “quero mais”. Seus poemas atingem ao mesmo tempo tanto as crianças quanto os adultos.  Ao lê-los  sentimo-nos crianças com o olhar do adulto. É uma sensação curiosa...Você tem uma facilidade imensa de lidar com nossos sentimentos e mexer com nossa alma, escreve situações cotidianas com tanta harmonia que é impossível não nos identificarmos com seus pensamentos e com as imagens que eles nos proporcionam.
 Suas poesias nos trazem um misto de sentimentos e emoções, de reflexões sobre o temperamento humano  e sobre as preocupações com a natureza.  Você consegue utilizar as figuras de linguagem de modo singular, personifica os objetos dotando-os de pura sensibilidade (é o caso dos poemas “O porta-retrato”,  “Os dois baldes”).
 
Você escreve com tanta propriedade que nós, leitores, começamos a valorizar até mesmo os simples objetos em nossas vidas.
 
Na poesia “Aquela que pega a enxada” voltei no passado,  vi minha própria mãe sendo retratada através destas simples e verdadeiras palavras. E não é só isso, você enquanto poetisa, não deixa de lado sua didática,  e coloca no papel seu lado professora também,  está sempre unindo o gosto pela escrita com a vontade de ensinar as crianças e até mesmo o adulto, refiro-me ao fado de você estimular a leitura nas pessoas através de seus poemas (“Josielle”, “Meninos dos Jornais”); mostra, também,  às crianças que os bichos devem ser amados, respeitados, enfim, mostra o amor que nutre pelos animais  (“Em minhas mãos os bichos”, “A carne é fraca”, “Que pena”, “Princesa”);  fala-nos sobre  valores (“Os Relógios”).
 
Estimula as pessoas sobre a importante tarefa de  reciclar o lixo -  poema “Lixeiros”). Faz críticas sociais (poema “Desapontamento”, “Iniquidade”, “O crime”, “Teco Teteco”). Faz com que nós reflitamos sobre a fragilidade humana (poema “Antes que a hora chegue”).
 
É impressionante essa sua capacidade de unir a “Luzia poetisa” com a “Luzia professora”. Isso é incrível... Dá uma verdadeira aula de história (poema “Zumbi”) e uma verdadeira aula de religiosidade ao falar sobre o perdão poema “Simplesmente Amor”, que lindo, amei!!!
 
Aliás, amei todos! Através de seus escritos, podemos perceber o quanto você valoriza o meio ambiente, a natureza e o quanto se preocupa com as pessoas e com os animais (ex. poema Fogo).
 
Quanto ao poema “Polyana”, eu também me vi enquanto mãe! Voltei no tempo. Que gostoso passar por isso novamente.
Que belo e romântico o poema “Enamorados”, pois há uma valorização da simplicidade dos gestos, dos atos que devem ser vividos a dois, a fim  de se cultivar os sentimentos verdadeiros; sentimentos essenciais para que as pessoas possam constituir famílias mais felizes; atitudes estas, muitas vezes,  deixadas de lado pela sociedade atual(...)
 Enfim, você, Luzia, é mesmo um TALENTO. No poema “Talento” você deixa claro que ser talentoso não é mérito somente de algumas pessoas, e sim de todos aqueles que buscam, que se dedicam e que são persistentes.
 (...) parabéns, escritora que brinca e brilha com as palavras!"

2 comentários:

  1. Parabéns por mais essa rica produção, Luzia!
    Abraços.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns mesmo, Luzia. Sei o quanto viveu os poemas partilhando-o em letras todinhas, uma a uma, escrita e pensada.
    Camilo

    ResponderExcluir

Comente algo! Sua opinião é bem vinda. E viva a arte! Obrigada pela sua bela participação.