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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Leitura e Bate Papo... o livro O SEMINÁRIO






Obra de Camilo I Quartarollo, faremos uma leitura compartilhada, seguida de um debate caloroso de inverno!
- Nesta 5ª feira (5 de maio), às 20h no Espaço Cultural GARAPA ( Rua D Pedro I, 1313, atrás do Terminal Central, Piracicaba).
Sua presença será motivo de muitos sorrisos!!

Num seminário religioso católico a morte recente de um estudante pela queda de uma sacada. Morte semelhante à outra mais antiga em 1940, de um noviço, Adelmo, que era rebelde e tido por suicida. Os freis tentam minimizar o fato e evitar a ligação das duas mortes, mas há um diário. Teófilo ao entrar para o seminário, ingenuamente, depois dos fatos, vai descobrindo pessoas diferentes, boas e ruins, proteção e perigo junto à casa enorme que é o seminário. O protagonista, Teófilo aprende a questionar, a sofrer com suas dúvidas e perguntar, a encarar as pessoas.
O perigo externo não o amedronta tanto mais que suas dúvidas. Em meio a tudo isso descobre a vida simples que os frades levam e semeiam para si, como frei Junípero e frei Dulcino, este um frei bonachão e cheio de truques. No andar superior moram frei Francisco Midas, frei Ambrósio di Gubbio, frei Honório della Sindone, frei Julio, frei Juliano, frei Cristóvão e frei Tadeu. No primeiro andar do seminário são os estudantes como Olívio, Pedro, Asdrúbal, Santo e outros; no andar térreo, Seu Zé do Porão, morando sozinho. Os animais domésticos, cães, Matita, o Véio, o gato Chico, andam pela casa e adquirem importância na convivência, na Fraternidade Franciscana.
Teófilo participa das pastorais da igreja e tem contato com o povo e com as mulheres, Branca, Aida e Sofia. Descobre-se platônico, questiona o celibato, a postura inflexível da igreja em questões-tabu; mas Branca é seu amor-secreto e esta se casa com Alan e tem um filho,  frequenta o seminário com o filho e se apega a Teófilo como a conselheiro. Neste ínterim entram em cena Sofia e Aida, ele não consegue lidar com isso e se fecha na sua “vocação”, para não sofrer. As questões de sua espiritualidade ainda estão pendentes e um perigo real ronda o seminário - como dissemos acima, de somenos importância para Teófilo; porém, ele mesmo é atacado, se atraca com o meliante à noite, sai humilhado e vencido em seu orgulho - o assassino o deixara viver. Agora ele também é um dos fantasmas-vivos, talvez não diferente de Adelmo enquanto não resolver questões profundas de seu ser: a espiritualidade.
Seu mundo material se destrói como por mágica, o seminário ruiu, sobra o recanto de um visionário, a espiritualidade sempre suscitará dúvidas e descobertas ao espírito aberto.

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