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domingo, 2 de janeiro de 2011

Saiu no Jornal A Gazeta!






A menina do Bairro Fria 
Benedicto Jorge(Bejota) 
Pouquíssimas vezes saí comentando obra literária, de qualquer gênero,  porque não tenho vocação para crítico literário,  mas “A menina do Bairro Fria”, de Luzia Stocco, tem uma conotação especial, a começar pela forma com que esta obra chegou em nossas mãos, pelo fato de possuirmos pequena propriedade naquela localidade, quando nosso único vizinho, o casal Antonio/Nair Lucentini, nos emprestou o exemplar ganho da autora, devidamente autografado àquela família. 
Trata-se de autobiografia de uma menina, que vai, crescendo, vivenciando todas as agruras campesinas, juntamente com suas irmãs e o irmão, na zona rural, onde tinha todas as condições para continuar na vida rural, permanecendo na ignorância, não fosse a coragem da mãe Auda, que num momento de desespero, teve a audácia de desafiar um marido rude, mas nobre de coração, o senhor Nardo, arrumando as malas, juntando os filhos, transferindo- se para a zona Urbana (Santa  Terezinha, Piracicaba). 
Como afirma a poetisa e escritora Elda Nympha Cobra Silveira “Os escritores nos levam a singrar mares "nunca dantes navegados," e nos descrevem cenários que jamais teríamos oportunidade de imaginar”. 
A menina que sonhava ser professora,já havia cursado o Grupo Escolar de Godinhos e posteriormente a escola existente na Usina Costa Pinto, que passou toda experiência da garota ruralista, cortando cana, inclusive, vê mais perto de ver seu sonho realizado, iniciando verdadeira batalha, para chegar onde chegou, o de professora, passando por  existencialismo citadino, onde a desesperança muitas vezes, bateu à sua porta. 
Não se dá por derrogada, arregaça as mangas, passando pelas vicissitudes
e desgraças de toda sorte, com garra, cria sozinha, a filha Poliana, concebida em plena juventude, conseguindo fazê-la universitária. 
Ainda citando Elda Nympha:”O que falta para quem não gosta de ler, é falta da alma em sintonia”. O perfil literário de Luiza Stoco, nos leva a “sangrar mares”, prendendo a atenção do leitor do começo ao fim, notadamente ao narrar a paisagem e a fala rural, onde a família toda,  é protagonista. 
A “Menina do Bairro Fria”, nas mãos de um Benedito Ruy Barbosa ou um Sílvio de Abreu , transformar-se-ia, em ”Best Seller”, se adaptado à novela. Em toda a fala da mãe Auda eu enxergo a  tatuiense Vera Holtz, representando. O palavreado se torna doce e sutil, mesmo quando se torna um palavrão. 
Não fosse o imenso prazer da leitura da obra, ele é dobrado, quando vejo ao vivo a pequena casinha, onde passou toda a infância e parte da juventude, descrita e estampada na capa do livro, vista do interior do meu “Big Valley”, quando roço o mato ou aparo a grama. 
Para ter uma idéia mais precisa, desta empolgante história humana, só lendo  o livro!
    

Bejota é contabilista aposentado, membro do CCECP

 Agradeço, de coração, ao encantador comentário transcrito neste texto do Bejota, referente ao livro  A Menina do Bairro Fria...                        Luzia





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